"O presidente palestiniano [Mahmud] Abbas escolheu uma vez mais o caminho da propaganda e do incitamento em vez do diálogo proposto por Israel", considerou em comunicado Emanuel Nahson, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
Abbas participou hoje na reunião do Conselho, onde denunciou que a situação nos territórios palestinianos ocupados, incluindo Jerusalém leste, é atualmente "a pior e a mais crítica" desde 1948, o ano da fundação do Estado de Israel.
Este país "viola sistematicamente os direitos humanos [dos palestinianos], o direito humanitário internacional e atua como um Estado acima da lei, que não pode ser punido nem assumir-se como responsável", declarou Abbas, que também lamentou a impunidade dos colonos judeus que cometem crimes sistemáticos contra os palestinianos.
"Chegou o momento em que a comunidade deixe de falar sobre a justiça da causa palestiniana e adote mecanismos e procedimentos a favor da justiça para o meu povo", invocou Abbas, solicitando o estabelecimento de "um regime internacional de proteção para o povo palestiniano".
Israel e a Palestina atravessam desde o início de outubro uma nova onda de violência com um balanço de mais de 60 palestinianos mortos [um terço deles autores de apunhalamentos segundo a versão israelita, e os restantes por disparos das forças militares e policiais], dez israelitas em ataques palestinianos, um eritreu e um atacante árabe israelita.
Lusa