"Peço ao mundo para estar muito atento a qualquer tentativa de perturbar a vida política da Venezuela", disse Maduro na sua intervenção feita terça-feira perante a 70.ª Assembleia-Geral da ONU.
O chefe de Estado venezuelano considerou que está em curso o que denominou de "operação alicate" contra o seu país, para criar conflitos fronteiriços com a Colômbia e a Guiana.
As declarações de Nicolás Maduro foram feitas um dia depois de a Guiana acusar a Venezuela de recorrer a técnicas de "intimidação" e de "agressão", pelo que pediu à organização uma solução definitiva para o diferendo territorial entre os dois países, numa zona onde a petrolífera norte-americana Exxon Mobil descobriu uma importante jazida de petróleo.
Relativamente à Colômbia, cujas fronteiras a Venezuela Nicolás Maduro decidiu encerrar desde 24 de agosto, por 60 dias, para combater grupos paramilitares, o narcotráfico e o contrabando, o Presidente venezuelano recordou que há cerca de uma semana reuniu-se em Quito com o seu homólogo colombiano Juan Manuel Santos.
Ainda durante a sua intervenção, Maduro defendeu uma "transformação profunda" da ONU, uma "nova geopolítica" em que, disse, "se imponha a verdade dos povos".
Por outro lado instou o Presidente dos EUA, Barack Obama, a derrogar as sanções em vigor contra funcionários do Governo venezuelano e um recente decreto que considera a Venezuela uma ameaça para a segurança interna norte-americana.
Lusa