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Cerca de 75 % das vítimas do sismo no Nepal deixam os acampamentos

Cerca de 75 por cento de vítimas do sismo de há uma semana no Nepal abandonaram os acampamentos provisórios instalados pelo Governo em Katmandu e regressaram a casa, revelaram hoje fontes militares. Segundo a agência noticiosa Efe, no acampamento de Thudikel, o maior da capital nepalesa, encontravam-se entre 9.000 e 12.000 pessoas na passada segunda-feira, estando hoje entre 1.200 a 2.000 refugiados do sismo. Também em outros 15 acampamentos instalados em diferentes pontos de Katmandu ocorreu o abandono de muitas pessoas que ali procuraram refúgio após o terramoto, o qual provocou 7.056 mortos, das quais 1.180 na capital. Em Katmandu, o número de feridos atingiu 4.634 do número total no país que foi de 14.123, de acordo com os últimos dados difundidos pelo Governo. O Ministério do Interior do Nepal referiu que 22.905 casas foram destruídas pelo abalo e que outras 60.855 sofreram danos.  No sábado, novos sismos, de 4,2 e 5 de magnitude na escala de Richter (no sábado, foi de 7,8), foram registados no país, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos. O Consórcio de Redução de Riscos no Nepal, entidade em que participam organismos das Nações Unidas, calculou que o terramoto tenha gerado cerca de 2,8 milhões de deslocados internos, numa população de 28 milhões de pessoas. O terramoto, que atingiu países vizinhos como a Índia e a China, foi o que maior magnitude teve no Nepal em 80 anos e o pior da região na década desde que em 2005 outro sismo provocou mais de 84.000 mortos na Cachemira. Os responsáveis pelas equipas de emergência revelaram terem já recolhido 7.040 corpos e que o número de feridos é, agora, superior a 14.000 pessoas. As autoridades nepalesas alertaram ainda que o número de vítimas mortais deverá continuar a aumentar. As equipas de socorro elevam, diariamente, o número de vítimas do sismo à medida que vão conseguindo retirar corpos entre os escombros e acedendo a locais por vezes remotos ou de difícil acesso devido à destruição provocada pelo sismo. O sismo provocou ainda elevados danos materiais, inclusivamente em edifícios classificado como património mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). (Fotos AP)

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