OMS diz que malária ainda mata 600 mil pessoas por ano
A Organização Mundial de Saúde alertou hoje para as cerca de 600 mil mortes anuais que a malária ainda provoca, afirmando ser urgente tomar medidas que reforcem os avanços contra a doença.
A crescente resistência do parasita da malária ao medicamento de última geração artemisinin está a acentuar as fragilidades na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Richard Cibulskis, coordenador do Programa de Malária Global da OMS, salienta, no entanto, os progressos "fenomenais" feitos na luta contra a doença, referindo que entre 2000 e 2013 a incidência global da malária caiu 30% e o número de mortes desceu 40%.
Ainda assim, a luta não está ganha, avisou Cibulskis em vésperas do Dia Mundial da Luta contra a Malária, que se realiza a 25 de abril.
A doença matou 584 mil pessoas em 2013, com as crianças abaixo dos cinco anos a representarem pelo menos três quartos dessas mortes, segundo dados divulgados pela OMS.
A OMS estima que 278 milhões de pessoas ainda não têm acesso às redes mosquiteiras com inseticida que protegem as populações da doença.
A maior preocupação da OMS é neste momento a resistência do parasita ao artemisinin.
A resistência do parasita à medicação tem sido detetada no sudeste asiático e há suspeitas de que o mesmo esteja a acontecer na América do Sul.
Lusa
Relacionados
Últimas