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Polícia canadiana deteve homem enquanto primeiro-ministro homenageava militar morto

Um homem foi hoje detido em Otava, junto ao Memorial Nacional de Guerra, quando o primeiro-ministro Stephen Harper se preparava para depositar uma coroa de flores, em homenagem ao militar morto na véspera, anunciou a polícia canadiana.

Primeiro-ministro canadiano Stephen Harper e a mulher, Laureen Harper
Chris Wattie / Reuters
"Por agora o que temos é um homem que tentou atravessar a linha de segurança e violar um local de crime", disse Marc Soucy, porta-voz da polícia de Otava. 

A imprensa canadiana também reportou o incidente, tendo o canal estatal CBC, mostrado imagens que apresentam agentes da polícia a neutralizarem o homem, apontando-lhe armas e exigindo-lhe que se mantivesse deitado no chão, algemando-o e sem que tivessem sido efetuado disparos. 

O Canadá está de luto depois do cabo Nathan Cirillo, de 24 anos, natural de Hamilton, no Ontário, ter sido morto a tiro na quarta-feira, no Memorial, quando estava a prestar honras militares ao monumento.

O atirador, identificado como sendo Michael Zehaf Bibeau, de 32 anos, fugiu depois para o interior do parlamento, onde foi abatido pelo sargento Kevin Vickers, durante uma troca de tiros.

O ataque no Memorial ocorreu ao lado do parlamento, onde deputados federais estavam reunidos juntamente com o primeiro-ministro Stephen Harper.

Citada pela CBC, a mãe do atirador identificado pelas autoridades afirmou que está a "chorar pelas vítimas" do tiroteio e não "pelo filho", e pediu desculpa.

Em breves declarações ao telefone e muito comovida, Susan Bibeau acrescentou que não tinha palavras para todos quantos ficaram impressionados com o sucedido.

A polícia de Otava acredita que houve apenas um atirador no ataque, disse entretanto o porta-voz Marc Soucy.

"Neste momento não estão a ser procurados outros assaltantes. A investigação continua a decorrer", concluiu Marc Soucy.

A rainha Isabel II, que é também chefe de Estado do Canadá, manifestou-se hoje "chocada" e "triste" com a morte do militar canadiano e o ataque junto ao parlamento, num comunicado distribuído à imprensa.


Lusa
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