Numa resolução votada por larga maioria (495 votos a favor, 86 contra e 56 abstenções), os eurodeputados condenaram "os factos inaceitáveis que são os desaparecimentos forçados e os atos criminais cometidos em Iguala".
O texto refere-se ao ataque de forças policiais locais a um protesto de estudantes de uma escola rural de formação de professores, em 26 de setembro, que provocou seis mortos, dezenas de feridos e 43 desaparecidos.
Na quarta-feira, cerca de 45.000 pessoas manifestaram-se em apoio às suas famílias na Cidade do México, enquanto prosseguem as concentrações e protestos em diversas regiões do país.
O PE pede às autoridades mexicanas para "agiram rapidamente, de forma transparente e imparcial" para prender e julgar os responsáveis. As investigações deverão prosseguir "até que os estudantes sejam encontrados em segurança", assinala a resolução, que também deplora "a infiltração evidente, pela criminalidade organizada, dos serviços de polícia e das entidades administrativas" do país.
O Parlamento pede aos Estados-membros da União Europeia (UE) para reforçarem o seu apoio ao México na defesa dos direitos humanos, incluindo através de meios técnicos e financeiros.
As autoridades mexicanas emitiram na quarta-feira um mandado de captura dirigido ao presidente da câmara municipal de Iguala, suspeito de ter ordenado o ataque. Segundo as autoridades, os polícias municipais entregaram os 43 estudantes a um grupo criminal com ligações ao narcotráfico, que os terão feito desaparecer.
Lusa