No seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, Obama destacou que não se trata de uma "guerra contra o Islão".
"Aqueles que se uniram ao EI deveriam abandonar o campo de batalha enquanto podem (...) porque não sucumbiremos às suas ameaças, e demostraremos que o futuro pertence àqueles que constroem, não aos que destroem", disse o Presidente norte-americano.
Os Estados Unidos, continuou, "vão trabalhar com uma coligação alargada para desmantelar esta rede de morte".
"Hoje, eu peço ao mundo que se junte a este esforço", destacou.
Para Barack Obama, o grupo radical Estado Islâmico "não compreende outra linguagem além da força".
Na sua intervenção, Obama abordou outros temas, entre os quais a crise na Ucrânia e o papel da Rússia, as negociações com o Irão sobre o programa nuclear e o combate ao vírus do Ébola.
O Presidente dos Estados Unidos denunciou a agressão de Moscovo na Europa, mas admitiu levantar as sanções caso a Rússia altere a sua posição.
"A agressão russa na Europa faz recordar os tempos em que grandes nações esmagavam as pequenas por ambições territoriais", disse, considerando que o recente acordo de cessar-fogo na Ucrânia permite uma abertura à diplomacia e paz.
"Se a Rússia enveredar por esse caminho -- um caminho que, em momentos pós-período da Guerra Fria, significou prosperidade para o povo russo -- então levantaremos as sanções e daremos as boas-vindas ao papel da Rússia na resposta a desafios comuns", declarou.
No discurso, o Presidente Obama instou os dirigentes iranianos a "não deixarem passar a oportunidade" de um acordo sobre o seu controverso programa nuclear.
"Podemos encontrar uma solução para atender as vossas necessidades de energia, assegurando que se trata de um programa pacífico. A América procura uma solução diplomática ao problema nuclear iraniano" para evitar a proliferação nuclear e de tornar o mundo mais seguro, assegurou Obama.
Sobre a epidemia que atinge alguns países da África Ocidental, o chefe de Estado norte-americano pediu "um esforço mais amplo" da comunidade internacional para erradicar o surto mais grave do vírus do Ébola, desde a deteção desta doença, em 1976.
"É necessário fazermos um esforço maior para acabar com esta doença, que pode facilmente matar centenas de milhares de pessoas, infligir um sofrimento horrível e desestabilizar economias, e que rapidamente se move para além das fronteiras", disse.
O Presidente abordou ainda a situação interna do seu país, reconhecendo que os Estados Unidos têm tensões raciais e étnicas.
"Sim, temos as nossas próprias tensões raciais e étnicas. E, tal como qualquer país, lutamos constantemente sobre como reconciliar as vastas mudanças trazidas pela globalização e maior diversidade com as tradições que mantemos como queridas", sustentou.
Lusa