O vídeo, intitulado "Mensagem de sangue para o governo francês", mostra imagens do Presidente francês, François Hollande, na conferência de imprensa em que anunciou a participação de França nos ataques contra o Estado Islâmico no Iraque, seguidas de imagens do refém, ajoelhado e com as mãos atrás das costas, rodeado por quatro homens armados.
Um dos homens lê em seguida uma mensagem em que critica a intervenção dos "criminosos cruzados franceses" contra os muçulmanos na Argélia, no Mali e no Iraque. Surgem depois imagens de um dos jihadistas com a cabeça do refém e o corpo deste caído no solo.
Hervé Gourdel, um guia de montanha de 55 anos, foi raptado no domingo na Cabília (nordeste) por elementos de um grupo jihadista argelino, o Jund al-Khilafa (os soldados do califado), que ameaçou matá-lo se o governo francês continuasse a participar nos ataques da coligação internacional contra o Estado Islâmico no Iraque.
Um ultimato nesse sentido, feito na segunda-feira, expirou na terça-feira ao final do dia.
Horas antes de ser conhecida a execução de Gourdel, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou na Assembleia Nacional que França rejeita o ultimato e continuará a lançar ataques no Iraque até que o exército iraquiano esteja em vantagem em relação aos jihadistas.
"Vamos manter-nos envolvidos, pelo tempo que for necessário, até que o exército iraquiano tenha recuperado a superioridade. Um perigo mortal alastra pelo Médio Oriente", disse.
Lusa