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Papa preocupado com violência no Iraque e em Gaza e surto de Ébola 

 O Papa Francisco manifestou-se hoje preocupado  com os "crimes" cometidos pelos 'jihadistas' no norte do Iraque, com a escalada  de violência entre Israel e a Faixa de Gaza e com o surto de Ébola em África.

Estes foram os temas da mensagem que sucedeu à tradicional oração do  Angelus dominical, proferida pelo bispo de Roma a partir da varanda da residência  pontifícia. 

Em primeiro lugar, o papa referiu a situação no norte do Iraque, onde  os 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI) perseguem e assassinam minorias  religiosas, inclusive muitos cristãos, que são obrigados a abandonar as  suas casas. 

"Milhares de pessoas, entre as quais muitos cristãos, têm sido expulsas  de casa de maneira brutal. Crianças mortas de sede e de fome durante o êxodo,  mulheres sequestradas, pessoas massacradas, violência de todo o tipo, destruição  em todos os locais, de casas, de património religioso, histórico e cultural",  lamentou. 

A situação "ofende gravemente Deus e a Humanidade", porque "não se leva  ódio em nome de Deus", disse. 

O Papa agradeceu ainda aos que "com coragem" ajudam os prejudicados  por esta onda de violência no norte do Iraque e encorajou a comunidade internacional  e local a "encontrar uma solução política eficaz" que ponha fim a estes  crimes e restabeleça a paz. 

Nesse sentido, recordou a nomeação do prefeito da Congregação para a  Evangelização dos Povos, o cardeal Fernando Filoni, que viajará na segunda-feira  para o Iraque para manifestar a sua proximidade e solidariedade para com  as vítimas dos crimes do EI. 

O Papa Francisco referiu-se ainda à situação na Faixa de Gaza, onde  também "estão a morrer crianças" e assegurou que romper as tréguas e "retomar  a guerra só serve para piorar as relações entre Israel e Palestina".  

"Rezemos juntos", insistiu. 

Por último, recordou as vítimas do Ébola em África, agradecendo a "todos  que se esforçam para deter" o surto do vírus. 

Quatro países da África ocidental -- Serra Leoa, Guiné-Conacri, Libéria  e Nigéria - enfrentam o pior surto de Ébola das últimas quatro décadas.  Desde fevereiro, o vírus infetou mais de 1.700 pessoas nestes países, segundo a OMS. 

 

      Lusa

 

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