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Poroshenko admite revogar o cessar-fogo para responder aos rebeldes

O Presidente da Ucrânia admitiu hoje revogar,  de forma unilateral, o cessar-fogo de uma semana, para as forças governamentais  retaliarem o derrube, pelos rebeldes pró-Rússia, de um helicóptero do Exército,  que matou nove soldados. 

"O Chefe de Estado não exclui que o regime de cessar-fogo seja revogado  antes do prazo previsto, tendo em vista a sua violação constante por rebeldes  que são controlados do exterior", afirma o gabinete do Presidente Petro  Poroshenko, pró-Ocidental, num comunicado citado pela AFP, em que se refere  ao suposto envolvimento da Rússia no levantamento dos independentistas,  que dura há 11 semanas. 

Oficiais do Exército disseram, por seu turno, que o helicóptero MI-8  foi derrubado fora da cidade rebelde de Slavyansk, reduto dos independentistas,  e onde se deram alguns dos combates mais renhidos no leste da Ucrânia. 

Poroshenko afirma, na sua declaração, que homens armados atacaram as  forças do Governo 35 vezes, desde que ordenou às suas tropas, na passada  sexta-feira à noite, o cessar-fogo. 

O comunicado acrescenta que Poroshenko reuniu-se hoje ao mais alto nível  com as autoridades militares, e "emitiu uma ordem para abrir fogo em resposta  a ataques (de rebeldes) sem qualquer hesitação". 

Poroshenko afirma que espera abordar a questão da violência numa reunião  na quarta-feira com o Presidente russo, Vladimir Putin, e que conta também  com a presença da chanceler alemã, Angela Merkel, e do chefe de Estado francês,  François Hollande. 

O Presidente ucraniano não especificou onde o encontro irá ser realizado.  Hoje Putin estava em Viena, onde participou numa reunião da Organização  para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). 

As campanhas dos independentistas já causaram 435 mortos. 

 

     

 

Lusa

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