"Os guerrilheiros não cessam os ataques contra posições das tropas ucranianas", escreveu no Facebook Vladislav Selezniov, porta-voz do comando da operação militar que o Governo de Kiev leva a cabo nas regiões de Donetsk e Lugansk, indicando que, esta noite, foram disparados tiros contra pelo menos dois postos fortificados das tropas ucranianas, embora sem causar vítimas, depois de os líderes pró-russos terem aceitado cessar-fogo.
De acordo com Vladislav Selezniov, os militares ucranianos não realizam nenhuma operação, limitando-se a executar missões de vigilância e defesa "de certas zonas" da fronteira da Ucrânia, numa alusão à franja limítrofe com a Rússia.
Por outro lado, um representante do comando das milícias pró-russas de Lugansk, acusou o Exército ucraniano de atingir com fogo de artilharia a localidade de Privolie.
"Há vítimas, bombardeiam a mina Privolnianka", disse o porta-voz das milícias pró-russas à agência russa Interfax.
A trégua foi acordada esta segunda-feira na cidade de Donetsk, capital da região com o mesmo nome, no quadro das primeiras conversações entre representantes de Kiev e líderes separatistas desde que a eclosão do conflito armado na zona.
"Chegámos a um acordo para uma trégua até às 10 da manhã de dia 27 de junho", declarou no final da reunião o antigo Presidente ucraniano Leonid Kuchma, que representou o Governo nas negociações, nas quais também participou o embaixador russo em Kiev, Mijail Zurabov.