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Terminou reinado de Juan Carlos, começou o de Felipe VI

O reinado de Juan Carlos terminou hoje, pouco depois das 00:00 de quinta-feira em Espanha, com a publicação no Boletim Oficial de Estado (BOE) da lei que formaliza a sua abdicação e que marca o arranque do reinado de Felipe VI.

A disposição 6476 do BOE 148, na secção 1, página 46398, é dedicada  à norma aprovada pelo Governo espanhol a 3 de junho, pelo Congresso de Deputados  a 11, pelo Senado a 17 e assinada pelo próprio Juan Carlos na quarta-feira.

"S. M., o rei Juan Carlos I de Borbón, abdica da Coroa de Espanha. A  abdicação será efetiva no momento da entrada em vigor da presente lei orgânica",  refere o texto histórico, assinado "Juan Carlos, Rei" e, referendado depois,  pelo presidente do Governo, Mariano Rajoy Brey. 

A lei entrou em vigor quando foi publicada, pouco depois das 00:00 de  quinta-feira (23:00 de quarta-feira em Lisboa), no Boletim Oficial de Estado,  marcando assim oficialmente o fim do reinado de Juan Carlos I e o início  do reinado de Felipe VI que prestará juramento, numa sessão histórica das  Cortes, às 10:30 de quinta-feira. 

A entrada em vigor desta lei, lê-se no BOE, "determina, em consequência,  que a abdicação faça sentir todos os seus efeitos e que se produza a sucessão  na Coroa de Espanha, de forma automática, seguindo a ordem prevista na Constituição".

Com a mesma Constituição, de 1978, determina que a Coroa é hereditária nos sucessores de Juan Carlos I de Borbón, a entrada em vigor implica que  com o fim do reinado de Juan Carlos começa, de forma imediata, o reinado  de Felipe VI. 

No entanto, visto que em Espanha um novo rei não é nem coroado nem entronizado,  Felipe VI terá, em vez disso, que prestar juramento e ser proclamado. 

Felipe VI prestará um juramento previsto na carta magna, comprometendo-se a "desempenhar fielmente as suas funções, guardar e fazer guardar a Constituição  e as lei e respeitar os direitos dos cidadãos e das Comunidades Autónomas".

O juramento vai ser feito no edifício do Congresso de Deputados onde haverá uma sessão histórica conjunta das duas câmaras das Cortes, Congresso  e Senado. 

Lusa

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