Eleitos e antigos responsáveis militares debateram, nas cadeias televisivas americanas, diferentes opções da administração de Barack Obama para impedir o avanço dos 'jihadistas' no Iraque.
O senador Lindsey Graham, favorável a ataques aéreos, apelou a Washington para que atue, alegando que "o Iraque e a Síria, em conjunto, vão tornar-se na zona de preparação do próximo 11 de Setembro, se os Estados Unidos não fizerem nada".
"As pessoas que controlam o terreno no Iraque são também aqueles que ocupam o terreno na Síria. A instabilidade económica causada por um tombo do Iraque afetará os preços do petróleo e a nossa recuperação económica", disse, na CNN.
O republicano defendeu ainda a demissão do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, e o envolvimento direto de Washington com o Irão para travar os rebeldes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que desde a semana passada tomaram Mossul (a segunda maior cidade iraquiana) e Tikrit, tal como regiões das províncias de Diyala e Kirkuk.
O general aposentado Peter Chiarelli, antigo comandante no Iraque, afirmou: "Devemos preocupar-nos seriamente, seriamente".
"Li em qualquer lado ontem (sábado) que eles se tornaram na organização mais rica do mundo. Estou inquieto e penso que todos os americanos devem estar inquietos", referiu.
Opondo-se a qualquer ação militar, um outro eleito republicano, Michael McCaul, que preside à comissão sobre Segurança da câmara dos representantes, apelou a uma ofensiva diplomática com os aliados dos Estados Unidos para encontrar uma solução política que envolva os sunitas, xiitas e curdos do Iraque.
"Sem a sua cooperação contra os extremistas, nada acontecerá. Eles não vão fazer tudo sozinhos, têm necessidade que os guiemos", referiu na cadeia ABC.
Os rebeldes do EIIL são "os piores dos piores", considerou, acrescentando: "Se eles reentrarem nos Estados Unidos ou na Europa ocidental, vejo isso como a maior ameaça dos dias de hoje".
O Presidente norte-americano, Barack Obama, indicou na sexta-feira estar a estudar várias opções para apoiar as forças de segurança iraquianas, sem dar indicações sobre eventuais ataques aéreos, reclamados por vários eleitos republicanos.
O ministro da Defesa, Chuck Hagel, ordenou no sábado a deslocação de um porta-aviões no Golfo Pérsico.
Lusa