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Cimeira sobre violência sexual foi "experiência emocional", diz Angelina Jolie

A atriz norte-americana Angelina Jolie qualificou  hoje de "experiência emocional" a cimeira para combater a violência sexual  que co-presidiu em Londres, mas afirmou que faltam por em práticas algumas  medidas.  

(Reuters)
© Luke MacGregor / Reuters

"Para mim, e para muitos de vós, esta cimeira foi uma experiência emocional.  Juntámo-nos todos, com base num desejo comum de pôr fim à violência sexual  em cenários de guerra, e identificámos todas as ações que precisamos de  tomar", afirmou a enviada especial do Alto Comissário das Nações Unidas  para os Refugiados, António Guterres.  

Durante a Cimeira Global para o Fim da Violência Sexual em Cenários  de Conflito, que começou na terça-feira, foi apresentado um protocolo internacional  com um conjunto de diretrizes que irão permitir o reconhecimento da violência  sexual como um crime internacional e definir os métodos de investigação  e de documentação dos casos.  

Além de pôr em prática este documento e atualizar as legislações nacionais  e internacionais para combater a violência sexual em cenários de conflito,  Jolie defendeu a necessidade de trabalhar com as vítimas destes crimes.

"O teste que enfrentamos agora é saber se conseguimos fazer a diferença  no terreno", vincou Jolie, que falou na urgência do assunto perante os conflitos  na Síria, Sudão do Sul e República Centro Africana.  

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague,  elogiou a motivação sentida durante a cimeira, que juntou representantes  de cerca de 120 países, para acelerar o ritmo de trabalho nesta questão.

"Não vamos abrandar, não vamos descansar nos próximos meses para assegurar  que transformamos em implementação prática os muitos compromissos e o enorme  apoio que recebemos de todo o mundo aqui em Londres esta semana", prometeu.

Na cerimónia de encerramento discursou também o secretário de Estado  norte-americano, John Kerry, que anunciou ter dado ordem para serem suspensos  vistos a responsáveis pela violação de direitos humanos, anunciando uma  "tolerância zero contra violência sexual contra mulheres e homens".  

Lusa

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