O Instituto para as Obras Religiosas (IOR, ou banco do Vaticano, como é conhecido) “continua a servir com prudência e a garantir serviços financeiros especializados a Igreja Católica de todo o Mundo”, refere uma declaração do Vaticano. O documento refere que o Papa aprovou a proposta apresentada pelos novos responsáveis do departamento económico.
O novo plano “pretende garantir que o IOR consegue cumprir a missão de integrar a nova estrutura financeira da Santa Sé”, definida e planeada pelo Papa que realçou a importância da transparência do Banco do Vaticano.
Em outubro do ano passado, o Vaticano anunciou a introdução de uma nova lei em matéria de transparência, vigilância e informação financeiras, adaptando a legislação às exigências dos organismos internacionais de controlo.
A nova lei visava reforçar "a disciplina" para as medidas a tomar "contra pessoas que ameaçam a paz e a segurança internacionais" e no que diz respeito "à declaração de transporte transfronteiriço de dinheiro vivo".
No decreto Papal de 8 de agosto de 2013, depois traduzido numa lei, Francisco reforçou as funções da Autoridade de Informação Financeira (AIF), instituída em 2010 pelo Papa emérito Bento XVI, que encarregou de avaliar e aprovar todos os serviços de natureza financeira, prestados por diferentes instituições do Vaticano.
A AIF adquiriu uma nova função "de vigilância" - avaliação e aprovação - de todos estes organismos, em resposta a uma recomendação da Moneyval. A lei instituiu também "uma comissão de segurança financeira" para coordenar as atividades em matéria de prevenção e de luta contra o branqueamento.
Nos últimos anos, as estruturas administrativas e financeiras do Vaticano, incluindo o IOR, ou Banco do Vaticano, que permitiam o depósito de fundos de origem duvidosa, dado o grande secretismo, foram sujeitas a revisões sistemáticas.