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Líder de protestos na Venezuela entregou-se às autoridades 

O líder do partido da oposição na Venezuela  Vontade Popular (VP), Leopoldo López, entregou-se hoje às autoridades, que  o acusam de estar envolvido nos protestos violentos que provocaram três  mortos e dezenas de feridos na semana passada.  

© Jorge Silva / Reuters

"Este é um momento escuro, em que os delinquentes são premiados pelo  Governo e os venezuelanos que querem uma mudança em paz são encarcerados  (...). Hoje apresento-me perante uma justiça injusta, que não julga segundo  a Constituição e as leis. Se o meu encarceramento serve para acordar o povo,  valerá a pena", disse Leopoldo López ao entregar-se.  

Segundo a imprensa venezuelana, Leopoldo López é acusado por um tribunal  venezuelano dos delitos de "associação, instigação para cometer delito,  intimidação pública, incêndio a edifício público, danos a propriedade pública  e lesões graves" e de "homicídio intencional qualificado executado por motivos  fúteis e não nobres" relacionados com dois dos três mortos durante confrontos  entre opositores e apoiantes do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Antes, o líder do VP apareceu na Praça Brión de Chacaíto, em Caracas,  onde se concentraram centenas de simpatizantes que foram impedidos pela  Polícia Nacional venezuelana de marchar para o acompanhar até ao Ministério  do Interior e Justiça.  Garantindo que nunca deixará a Venezuela, López atravessou a praça com  uma bandeira venezuelana e um ramo de flores nas mãos e dirigiu-se a agentes  da Guarda Nacional (polícia militar) que o introduziram numa viatura blindada,  enquanto os simpatizantes cantavam o Hino Nacional da Venezuela.  

Leopoldo López tinha convocado, no domingo, os venezuelanos para o acompanharem  numa marcha até ao Ministério de Relações Interiores, Justiça e Paz para  "dar a cara" perante as acusações do governo.  

     

Lusa

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