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Oposição convoca marcha nacional contra violência na Venezuela

O ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski pediu hoje ao governo venezuelano que investigue as mortes ocorridas durante as recentes manifestações na Venezuela e anunciou uma marcha nacional contra a violência no país. 

(Reuters)
© Jorge Silva / Reuters

"Não é democrático controlar a ordem pública com chumbo, isso é fascismo puro. Quem deu um tiro na cabeça a esses venezuelanos? Onde estão? Que aconteceria se eu dissesse à gente para sair à rua como (Nicolás) Maduro disse ontem?", questionou.

Durante uma conferência de imprensa em Caracas, o também governador do Estado venezuelano de Miranda, acusou o governo de colocar pessoas "infiltradas" em todos os atos da oposição, que alegadamente promoveriam a violência, ao mesmo tempo que se demarcou dos opositores que exigem "a saída" do Presidente da República.

"Não somos violentos. Não acreditamos nesse caminho. Não percamos o foco, deixemos os infiltrados sós, sejam de um partido ou de outro". Até porque "há gente que quer que eu seja violento e não posso ser violento com gente que amo", disse Henrique Capriles que anunciou que nas próximas horas convocará uma marcha nacional contra a violência e os grupos armados.

O líder opositor instou os estudantes que, desde há quatro dias protestam em várias cidades contra as políticas governamentais, a "garantir a paz da República" e solidarizou-se com o dirigente opositor Leopoldo López, do partido Vontade Popular, que tem pendente uma ordem de captura e é responsabilizado pelo Governo, dos acontecimentos violentos de 12 de fevereiro.

Capriles Radonski insistiu que não pode apoiar situações de violência e recordou que "os seus quatro bisavós foram assassinados num campo de concentração, sobreviventes do Holocausto", disse.

Entretanto centenas de pessoas concentraram-se hoje em Parque Cristal, Chacao (leste de Caracas), para apoiar as manifestações de estudantes.

Lusa

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