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ONU desconhece passagem das armas químicas pelos Açores

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), envolvida no programa de desarmamento químico na Síria, disse hoje  desconhecer qualquer transbordo de químicos em Portugal, afirmando que a  operação decorrerá num porto italiano ainda não identificado. 

"Não posso confirmar nem negar o que o Governo português anunciou. É  a primeira vez que ouço isso. Tudo o que eu sei é que o navio americano  se encontraria com o navio dinamarquês - e possivelmente um norueguês -  num porto em Itália, que aparentemente será identificado amanhã", disse  à Lusa por telefone o diretor de relações públicas da OPAQ. 

Michael Luhan acrescentou que a organização e os países envolvidos na  operação de retirada e destruição das armas químicas sírias estão a divulgar  o mínimo de informação possível sobre os movimentos da operação, por motivos  de segurança. 

"O movimento destes químicos representa um certo risco, que a OPAQ não  vê como particularmente alto, a ideia é reduzir o risco ao mínimo absoluto  e uma forma de fazê-lo é não publicitando onde certas coisas vão acontecer  e quando", sublinhou o responsável. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal anunciou na  terça-feira que as autoridades norte-americanas contactaram Portugal para  avaliar a possibilidade de realizar o transbordo de material químico proveniente  da Síria num porto nos Açores, não havendo ainda decisão. 

Em comunicado enviado à Lusa, o MNE afirma que Portugal foi um dos países contactados pelos Estados Unidos da América, que "procuraram apurar a disponibilidade, junto de vários parceiros, de estruturas portuárias para a operação de transbordo  do material químico transportado a partir da Síria num navio dinamarquês  para um navio norte-americano".  

O material começou a sair da Síria em 7 de janeiro, no âmbito de um  acordo sobre o desmantelamento do arsenal de armas químicas do regime de  Damasco.

Lusa 

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