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Operadora de Fukushima apresenta pedido para reativar outra central 

A operadora da central nuclear de Fukushima  apresentou hoje um pedido para que seja efetuada uma inspeção de segurança  obrigatória a dois reatores da sua central no noroeste do Japão, com o objetivo  de os reativar. 

A Tokyo Electric Power (TEPCO) submeteu a documentação necessária para  que se avaliem os reatores 6 e 7 da sua central de Kashiwazaki-Kariwa, na  prefeitura de Niigata, depois de ter procurado durante meses aprovação das  autoridades locais, informou a operadora em comunicado. 

Esta semana, o presidente da elétrica, Naomi Hirose, reuniu-se com o  governador da prefeitura, Hirohiko Izumida, que deu, na quinta-feira, 'luz  verde' para que a central retome as operações.  

Com o pedido que a TEPCO fez hoje, as elétricas regionais japonesas  solicitaram e reativaram 14 reatores nucleares. 

Para que uma unidade possa ser reativada no país asiático, a Autoridade  de Regulação Atómica do Japão deve garantir, com base em novos padrões de  segurança em vigor desde julho, que são seguras e podem aguentar desastres  como o sismo e tsunami de 11 de março de 2011. 

Estima-se que a avaliação da Autoridade de Regulação Nuclear demore  pelo menos seis meses. 

Desde o acidente de Fukushima apenas dois reatores - o 3 e 4 da central  Oi, no oeste do país - puderam retomar as suas operações por causa da escassez  energética da segunda região mais povoada do Japão. 

Apesar disso, a central de Oi encontra-se paralisada desde o passado  dia 15, dado que ambos os reatores foram desativados para serem submetidos  às inspeções obrigatórias a cada 13 meses, definidas na lei, pelo que o  Japão vive, neste momento, o seu segundo 'apagão' nuclear desde o acidente  de Fukushima. 

A TEPCO, sobre a qual pesam exorbitantes gastos derivados do desastre,  procura há muito tempo reativar as suas operações em Kashiwazaki-Kariwa,  com vista a reduzir as dispendiosas importações de combustíveis fósseis  para as suas centrais térmicas com as quais compensa a ausência da produção  nuclear. 

A empresa diz que se conseguir reativar os dois reatores da central  de Kashiwazaki-Kariwa poupará em combustíveis entre 200.000 e 300.000 milhões  de ienes (entre 1.500 e 2.250 milhões de euros).  

As duas unidades são reatores avançados de água em ebulição e os mais  novos dos sete de Kashiwazaki-Kariwa, a maior central nuclear do mundo com  capacidade para produzir um total de 8,2 milhões de quilowatts.  

Lusa

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