"O Governo português está a acompanhar com preocupação a situação no Egito. Condena com firmeza a violência, lamenta profundamente a perda de vidas humanas e apresenta condolências às famílias enlutadas", refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros enviado à agência Lusa.
A mesma nota precisa que o Governo português associa-se aos apelos internacionais, nomeadamente do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon e da chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, e "exorta todas as partes à contenção e ao diálogo na procura de soluções que permitam criar urgentemente condições propícias a um regresso a uma situação de estabilidade".
"Apenas o estabelecimento de um processo de transição, plenamente inclusivo, que salvaguarde as liberdades fundamentais de todos os egípcios e que culmine na realização de eleições livres e justas, permitirá uma reconciliação sustentável", lê-se na nota.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros garante ainda que está "particularmente atento à situação dos cidadãos portugueses que se encontram no Egito" e que estes estão a ser acompanhados pelos serviços do Ministério e Embaixada no Cairo.
A onda de violência no Egito causou pelo menos 525 mortos na quarta-feira, informou hoje o Ministério da Saúde, e a situação já motivou um apelo do papa Francisco à "paz, ao diálogo e à reconciliação".
Os mais de 500 mortos incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais por todo o país, disse fonte oficial do ministério.
A violência no Egito foi desencadeada quando, na quarta-feira, as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído e detido pelo exército a 03 de julho.
Segundo o Ministério da Saúde do Egito, o ataque fez pelo menos 525 mortos.
Lusa