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Evo Morales acusa EUA de espiarem dirigentes bolivianos 

O Presidente boliviano Evo Morales afirmou  hoje que os serviços secretos dos Estados Unidos tiveram acesso aos correios  eletrónicos "das mais altas autoridades" da Bolívia. 

(Reuters)
© Stringer . / Reuters

"Esses agentes das informações dos Estados Unidos possuem correios eletrónicos  dos mais altos responsáveis da Bolívia", acusou Morales durante uma intervenção  numa povoação dos Andes, antes de precisar que obteve a informação durante  a recente cimeira do Mercosur.  

Este bloco latino-americano, que atualmente inclui quatro países (Argentina,  Brasil, Uruguai e Venezuela) e ao qual a Bolívia deverá aderir em breve,  realizou na quinta e na sexta-feira a sua cimeira semestral em Montevideu,  a capital uruguaia.  

Morales indicou que a informação sobre espionagem dos correios eletrónicos  das autoridades bolivianas lhe foi comunicada em Montevideu por "presidentes  amigos", que não designou. 

Numa referência aos Estados Unidos, o Presidente boliviano acrescentou  que "fazem espionagem, certamente para intervir, para uma intervenção, para  uma dominação. E porque querem dominar? Para se apropriarem nos nossos recursos  naturais, é disso que se trata".  

A Bolívia inclui-se entre os países que ofereceram asilo político ao  informático Edward Snowden, um antigo consultor dos serviços de informações  norte-americanos que decidiu denunciar as operações de vigilância eletrónica  em larga escala dos Estados Unidos no mundo.  

Snowden está bloqueado desde 23 de junho na zona internacional de trânsito  do aeroporto de Moscovo-Cheremetievo. Os EUA anularam o seu passaporte e  pretendem julgá-lo por espionagem.  

Snowden anunciou na sexta-feira que vai pedir um asilo temporário à  Rússia, e disse pretender deslocar-se de seguida para um país da América  Latina.  

Lusa

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