Mundo

FBI entrevistou em 2011 um dos suspeitos de Boston por ligações extremistas

O FBI entrevistou em 2011 Tamerlan Tsarnaev, um dos suspeitos dos atentados em Boston e que morreu depois de um tiroteio com a polícia, a pedido de um Governo estrangeiro para descobrir se tinha ligações com grupos extremistas.

© Alexander Demianchuk / Reuters

De acordo com relatos das cadeias de televisão norte-americanas CBS  e CNN, nessa entrevista, realizada a pedido de um Governo estrangeiro, o  FBI não encontrou nada de incriminatório contra Tamerlan Tsarnaev. 

O pedido foi baseado em informações de que Tamerlan "era um seguidor  do islamismo radical e um forte crente", de acordo com o FBI, que observou  também que o jovem "tinha mudado drasticamente desde 2010" e se preparava  para deixar os Estados Unidos e "unir-se a grupos clandestinos não especificados".

De acordo com o diário Los Angeles Times foi a Rússia o país que fez  o pedido ao FBI para entrevistar Tamerlan.

O Boston Globe noticiou hoje que Tamerlan, de 26 anos - suspeito junto  com o seu irmão Dzhokhar, de 19 anos, de ter sido autor dos ataques, na  passada segunda-feira, na maratona de Boston (no Estado de Massachusetts,  nos Estados Unidos) -- deixou a faculdade, estava desempregado e enfrentou  uma acusação de violência doméstica 2009. 

Registos de voo obtidos pela cadeia de televisão NBC indicam que Tamerlan  esteve fora dos Estados Unidos durante seis meses em 2012 e que saiu do  país num voo com destino a Moscovo. 

A captura de Dzhokhar Tsarnaev na sexta-feita à noite, que está internado  no hospital gravemente ferido, é fundamental para o objetivo de esclarecer  as muitas incógnitas abertas com os atentados de Boston que causaram três  mortos e mais de 170 feridos. 

De origem chechena como o seu irmão, Dzhokhar esteve fugido desde quinta-feira  à noite, quando Tamerlan morreu depois de um tiroteio com as autoridades.

O mais novo dos irmãos poderá enfrentar acusações de terrorismo e homicídio,  segundo disse à CNN um funcionário do Departamento de Justiça. 

Últimas