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MNE defende direito do povo palestiniano à autodeterminação e soberania

Paulo Portas defendeu o direito do povo palestiniano à autodeterminação e à soberania. Portugal foi um dos países que apoiou a elevação de estatuto da Palestina a Estado observador não membro da ONU na passada quinta feira. O ministro dos Negócios Estrangeiros espera que a decisão da ONU relance o processo de paz no Médio Oriente. Defendeu ainda um papel mais forte da União Europeia nas negociações  de paz entre Israel e os palestinianos.  

"Numa futura iniciativa de paz, a Europa deve fazer e dizer aquilo que  alguns atores importantes não podem", afirmou Paulo Portas.   

Foi também nesse sentido que Portugal votou a favor do estatuto de Estado  observador não-membro para a Palestina na ONU, em apoio ao compromisso dos  líderes da Autoridade Palestiniana, o presidente Mahmud Abbas e o primeiro-ministro  Salam Fayyad, com o diálogo e a recusa da violência, disse.   

Portugal espera que este voto ajude o processo de paz, baseado no direito  a viver em paz e na criação de dois Estados, sublinhou.  

O processo de paz israelo-palestiniano é uma das principais aspirações  do mundo árabe e Portugal espera que este voto, num "dia histórico para  a Palestina, para os árabes e para a ONU", ajude a desbloquear uma situação  "que só pode ser resolvida através de negociações diretas", acrescentou.

Em relação à chamada "primavera árabe", Paulo Portas elogiou as conquistas  alcançadas, mas sublinhou que se trata de processos longos, marcados por  retrocessos e avanços.  

São uma oportunidade única para que os governos reflitam na vontade  do povo, fortaleçam o Estado de direito e promovam um crescimento inclusivo,  disse o ministro dos Negócios Estrangeiros português.  

Paulo Portas falava na 19. edição do Fórum Lisboa, organizado pelo  Centro Norte-Sul do Conselho da Europa, subordinado ao tema "A Estação Árabe:  da Mudança aos Desafios".  

Este fórum é uma plataforma de diálogo e partilha de experiências, conhecimentos  e boas práticas entre a Europa e o resto do mundo, especialmente Médio Oriente,  África e países do sul do Mediterrâneo.  

O encontro decorre hoje e na terça-feira em Lisboa.  

 

     

  Com Lusa

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