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Londres e Paris convocam embaixadores israelitas para exigir explicações sobre novos colonatos na Palestina

Os ministérios dos Negócios Estrangeiros do  Reino Unido e França convocaram hoje os embaixadores israelitas em Londres  e Paris para protestar contra os planos de Israel de construir novos colonatos  em território palestiniano ocupado.

Num comunicado, o Foreign Office sublinha que "deplora" a intenção do  Governo israelita de construir 3.000 novas casas na Cisjordânia e em Jerusalém  Oriental anunciada na sexta-feira, que se seguiu à atribuição pela ONU do  estatuto de Estado observador à Palestina.  

O ministério britânico sublinha que o embaixador israelita, Daniel Taub,  foi convocado hoje de manhã pelo vice-ministro para o Médio Oriente, Alistair  Burt.  

As mesmas razões levaram também o Ministério dos Negócios Estrangeiros  francês a convocar o embaixador israelita em Paris, Yossi Gal.  

O porta-voz da embaixada israelita em Paris afirmou que Yossi Gal já  estava na sede do ministério francês.  

Anteriormente, o jornal israelita Haaretz, citando fontes diplomáticas  de vários países europeus, informava hoje que o anúncio israelita feito  na sexta-feira, que se seguiu ao reconhecimento da ONU à Palestina do estatuto  de Estado observador, provocou grande irritação em várias capitais europeias,  que não se limitaram a condenar os factos, mas tomaram medidas diplomáticas  mais duras.  

A irritação deve-se não tanto à construção de novas casas para colonos  judeus, mas sobretudo o denominado E1, que pretende unir colonatos em Jerusalém  Leste com o de Maale Adumín, impedindo a continuidade territorial da Cisjordânia  e tornando inviável o estabelecimento de um Estado palestiniano.   

A construção do projeto E1 é uma "linha vermelha" para a França e para  o Reino Unido, assegura o Haaretz.  

Além da ampliação de colonatos, Israel anunciou no domingo a confiscação  de 460 milhões de dólares do dinheiro de impostos que arrecada em nome da  Autoridade Nacional Palestiniana e que está obrigado a transferir, segundo  os acordos de paz de Oslo.  

 

Lusa

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