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Obama condena "ataque ultrajante" que vitimou quatro norte-americanos na Líbia

O presidente norte-americano, Barack Obama, condenou hoje o "ataque ultrajante" que matou quatro norte-americanos na Líbia, incluindo o embaixador dos Estados Unidos no país, e prometeu trabalhar com o governo líbio para julgar os responsáveis.

© Jason Reed / Reuters

Numa declaração na Casa Branca, Obama prestou homenagem ao embaixador Chris Stevens e aos colegas, mortos na terça-feira à noite quando uma multidão enfurecida com um filme insultuoso para o Islão atacou o consulado norte-americano em Benghazi, no leste da Líbia. 

O presidente norte-americano sublinhou que o ataque não deve ser visto como representativo da Líbia pós-Kadhafi e salientou que alguns líbios tentaram repelir o ataque ao consulado. 

"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes este ataque ultrajante e chocante", disse Obama.

"Não tenham dúvidas, vamos trabalhar com o governo líbio para levar à justiça os assassinos que atacaram os nossos", acrescentou. 

"É especialmente trágico que Chris Stevens tenha morrido em Benghazi, uma cidade que ajudou a salvar", prosseguiu o presidente norte-americano, elogiando o trabalho desenvolvido pelo embaixador no estabelecimento de uma parceria com o governo da nova Líbia. 

Obama reiterou a ordem anunciada horas antes de reforçar a segurança das embaixadas norte-americanas em todo o mundo, mas salientou que muitos líbios condenam o ataque. 

"Este ataque não vai quebrar os laços entre os Estados Unidos e a Líbia. Os seguranças líbios lutaram ao lado dos americanos. Outros líbios ajudaram alguns dos diplomatas a sair em segurança e levaram o embaixador para o hospital onde ficamos tragicamente a saber da sua morte", disse. 

Obama não fez qualquer referência a ao ataque semelhante perpetrado contra a embaixada dos Estados Unidos no Egito, ou as críticas feitas pelo candidato presidencial republicano, Mitt Romney, à reação norte-americana a esse ataque. 

Na origem de ambos os ataques está o filme "Inocência dos Muçulmanos", que apresenta o profeta Maomé como uma fraude.

Lusa

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