Os principais dirigentes sindicais esperavam uma maior mobilização do que a última jornada de ação, a 24 de junho, quando entre 800.000 pessoas, segundo a policia, e dois milhões, de acordo com os sindicatos, desfilaram nas ruas.
Os primeiros números confirmavam uma mobilização maior.
Nos estabelecimentos de ensino fizeram greve 25,8 por cento dos professores, segundo o Ministério da Educação (55 a 60 por cento de acordo com os sindicados), contra apenas 10,3 por cento em junho.
Nos caminhos de ferro, a administração registou 42,9 por cento de grevistas e a Confederação Geral do Trabalho (CGT) 51,8 por cento, valores também mais altos.
Por outro lado, a principal manifestação, em Paris, contava com cerca de 270.000 pessoas, segundo a CGT. A primeira estimativa da polícia era de 80.000 manifestantes.
A 24 de junho, Paris assistiu ao desfile de 130.000 pessoas, segundo os sindicatos, e 47.000, de acordo com a polícia.
Ao nível do país, mas não tendo em conta Paris ou algumas grandes cidades, o Ministério do Interior divulgou o número de 450.000 manifestantes, equivalente ao de 24 de junho.
As greves causaram grande perturbação nos transportes ferroviário, urbano e aéreo. Apenas dois em cinco comboios de alta velocidade circularam e o tráfego sofreu interrupções nos principais aeroportos.
Desta vez, além do setor público, bastião tradicional dos sindicatos, muitas empresas do setor privado também estavam representadas nas manifestações.
A reforma prevê aumentar a idade mínima de aposentação de 60 para os 62 anos até 2018. O governo considera ser esta a melhor opção para assegurar as necessidades de financiamento das pensões calculadas em 70 mil milhões de euros até 2030.
Este dia de ação é o terceiro este ano e os sindicatos alertaram para a continuação da luta na ausência de concessões.
Segundo as sondagens, uma maioria de franceses aprova a mobilização, ainda que considere a reforma inevitável.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Com Lusa