Tragédia em Pedrógão Grande

Quem são os dois primeiros arguidos de Pedrógão Grande

Começaram a ser constituídos arguidos na investigação ao incêndio florestal de Pedrógão Grande. São pelos menos duas pessoas e com elevadas responsabilidades operacionais: Mário Cerol, o "número dois" do Comando de Operações de Socorro de Leiria, e Augusto Arnaut, comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande.

No âmbito do inquérito em curso ao incêndio de 17 de junho em Pedrógão Grande, Mário Cerol foi ouvido na passada terça-feira pelo Ministério Público e constituído de imediato arguido.

Contactado pela SIC, o segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Leiria e primeiro nome a ser conhecido como arguido da tragédia não revela no entanto quais os crimes pelos quais está indiciado.

Mário Cerol foi um dos que assumiu o comando nas horas mais críticas. Apesar da experiência que passou pelo comando de bombeiros de Alcobaça e perante a nomeação recente na estrutura da Autoridade Nacional de Proteção Civil, os peritos do relatório da comissão independente sugeriram que não terá sido a melhor escolha.

Esta tarde, também Augusto Arnaut, comandante dos bombeiros de Pedrógão e o segundo arguido no processo, é ouvido no Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria.

Esta é a segunda fase de interrogatórios, mas no último mês o Ministério Público já ouviu bombeiros, operadores dos comandos de bombeiros de Leiria e também os adjuntos da corporação de Pedrogão foram ouvidos na qualidade de testemunhas.

Os interrogatórios envolvem pessoas ligadas à Proteção Civil, GNR e concessionárias de estradas. Em causa está o crime de homicídio por negligência.

O Ministério Público vai continuar os interrogatórios e nos próximos dias deverão ser constituídos mais arguidos no inquérito à tragédia de Pedrógão, em que morreram 66 pessoas e mais de 200 ficaram feridas.

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