O Livre considera que o Governo está a tomar a “decisão errada” ao vender 49,9% do capital da TAP. O deputado Jorge Pinto questiona Luís Montenegro porque é que quer privatizar a companhia aérea - e qual é a pressa para fazê-lo – num momento em que a empresa pública está a dar lucro.
Em declarações aos jornalistas, esta tarde, na Assembleia da República o deputado do Livre sublinhou que é importante Portugal ter “uma companhia nacional de bandeira".
Jorge Pinto considera também que vender a TAP é “uma oportunidade perdida” porque, desde que passou para a alçada pública, a empresa voltou a dar lucro.
Verbas que, defende o Livre, poderiam ser usadas para “preparar o futuro da aviação, com novos combustíveis”, para os quais Portugal tem “condições únicas de produção”.
Em vez de preparar uma TAP “competitiva” e “do futuro”, o Governo “prefere ir pelo caminho mais fácil, que é o caminho da venda”, alega Jorge Pinto.
O deputado quer perceber porque é que o Executivo de Luís Montenegro quer esta privatização e o porquê de “tanta pressa” em vender a companhia aérea.
“Está a começar a casa pelo telhado e coloca-se, à partida, numa má posição negocial”, critica o deputado do Livre. “Não podemos partir para um negócio nestas condições, porque o resultado final será mau para quem quer vender”, conclui.
O primeiro-ministro anunciou, esta quinta-feira, a venda de 49,9% da TAP, sublinhando que se trata do cumprimento daquilo que “está escrito no programa eleitoral e no programa do Governo”.
O Executivo pretende alienar até 49,9% do capital da companhia aérea através do modelo de venda direto, reservando “5% para os trabalhadores”, como prevê a lei das privatizações.