A privatização da TAP arranca nas próximas semanas. O Governo vai vender menos de 50% da empresa e está à procura de um parceiro internacional que alinhe com a estratégia do Executivo.
A privatização da TAP é uma longa história: privatizada em 2015, recuperada para a esfera nacional em 2016 e nacionalizada em 2020 na sequência da pandemia.
A transportadora aérea portuguesa já está na calha para voltar ao setor privado desde o ano passado, mas a falta de entendimento político atrasou o processo. A venda vai descolar nas próximas semanas.
O Governo quer maximizar o encaixe financeiro, mas para isso é preciso saber quanto vale a TAP.
Em entrevista à Bloomberg em Bruxelas, onde Miranda Sarmento participa no Eurogrupo, o ministro das Finanças recusou tornar pública a avaliação da empresa feita por consultoras e que diz ter já em mãos. Só será pública quando o Ministério anunciar o caderno de encargos.
Há três grandes interessados na compra: a alemã Lufthansa, a francesa Air France-KLM e IAG, dona da British airways e da Ibéria.
As companhia aéreas já manifestaram interesse em comprar uma posição minoritária.
O Governo chama-lhe a primeira fase da privatização, visto que uma possível venda superior a 50% seria inviabilizada pelo Chega e pelo PS.
Na mesma entrevista, Miranda Sarmento foi questionado sobre a liderança do Banco de Portugal, afirmando que ainda não há decisão sobre quem irá suceder a Mário Centeno. Promete uma decisão em breve até porque o mandato acaba daqui a 13 dias.