TAP: o futuro e as polémicas

Pedro Nuno: "Em 50 anos mais nenhum ministro deixou a TAP e a CP com lucros"

Após seis meses em silêncio, Pedro Nuno Santos começou esta manhã a ser inquirido na Comissão Parlamentar de Economia. Na intervenção inicial, o ex-ministro atacou as decisões do governo PSD-CDS de ter privatizado a TAP, a ANA e a Groundforce, considerando que forma maus negócios para o Estado e bons para os privados. E concluiu, defendendo o trabalho que fez na TAP e na CP.

O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, intervém durante sua audição perante a Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, sobre a "situação da TAP no período 2015-2023", na Assembleia da República, em Lisboa
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

SIC Notícias

Foi uma intervenção relativamente curta, mas com três mensagens claras: as privatizações feitas no período da troika foram prejudiciais ao Estado, o governo PS conseguiu salvar a TAP e, finalmente, as empresas públicas bem geridas podem dar lucro e são fundamentais ao Estado e ao próprio Orçamento, por serem fontes de receita alternativas aos impostos.

Depois de explicar detalhadamente porque é que, na sua opinião a privatização a TAP foi mal feita, acrescentou o exemplo da concessão da ANA Aeroportos – que o ano passado deu mais de 300 milhões de lucros – e da venda da Groundforce como mais dois “maus negócios” para o Estado.

A ideia principal da sua intervenção estava guardada para o fim: “nós conseguimos provar que a TAP era viável e que podia dar lucro, e também não foi por acaso pela primeira vez na sua história que a CP desse lucro”. “Tenho muito orgulho no trabalho que fizemos, para salvar a TAP, para garantir que continuava a voar, mas sobretudo porque conseguimos provar que a TAP - empresa pública em que poucos acreditavam – podia ser viável e que era possível dar lucro”, acrescentou.

A intervenção concluiu mesmo com esta frase: ”não há mais nenhum governo nem há mais nenhum ministro que se possa gabar de ter deixado as suas funções com a TAP e a CP a darem lucro”.

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