Foi uma intervenção relativamente curta, mas com três mensagens claras: as privatizações feitas no período da troika foram prejudiciais ao Estado, o governo PS conseguiu salvar a TAP e, finalmente, as empresas públicas bem geridas podem dar lucro e são fundamentais ao Estado e ao próprio Orçamento, por serem fontes de receita alternativas aos impostos.
Depois de explicar detalhadamente porque é que, na sua opinião a privatização a TAP foi mal feita, acrescentou o exemplo da concessão da ANA Aeroportos – que o ano passado deu mais de 300 milhões de lucros – e da venda da Groundforce como mais dois “maus negócios” para o Estado.
A ideia principal da sua intervenção estava guardada para o fim: “nós conseguimos provar que a TAP era viável e que podia dar lucro, e também não foi por acaso pela primeira vez na sua história que a CP desse lucro”. “Tenho muito orgulho no trabalho que fizemos, para salvar a TAP, para garantir que continuava a voar, mas sobretudo porque conseguimos provar que a TAP - empresa pública em que poucos acreditavam – podia ser viável e que era possível dar lucro”, acrescentou.
A intervenção concluiu mesmo com esta frase: ”não há mais nenhum governo nem há mais nenhum ministro que se possa gabar de ter deixado as suas funções com a TAP e a CP a darem lucro”.