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"Extremamente importante" validar faturas: são os "nossos cupões de desconto" nas Finanças

Os contribuintes têm até esta terça-feira para validar as faturas do IRS para que as despesas sejam contabilizadas como deduções ao IRS. Valide-as "com toda a seriedade", alerta Pedro Andersson, jornalista da SIC. Caso não o faça, pode estar a perder (muito dinheiro).

Pedro Andersson

Rita Rogado

Termina esta terça-feira o prazo para os contribuintes validarem as faturas de 2024 no Portal das Finanças para que sejam deduzidas no IRS. Na Edição da Manhã da SIC Notícias, Pedro Andersson, jornalista da SIC, explica a importância deste processo, como funcionam as deduções e quais são as próximas fases.

Qual a importância de validar faturas?

O jornalista da SIC alerta que é "extremamente importante" validar as faturas. Caso não o faça, pode estar a perder (muito) dinheiro.

Por exemplo, no supermercado há cupões de desconto. Se não os tiver, paga o que está no mostrador, sem qualquer desconto. Se apresentar os cupões, paga menos.

"As faturas com número de contribuinte são os nossos cupões de desconto nas finanças", afirma.

As despesas dos dependentes são igualmente dedutíveis, incluindo a dos bebés.

Atenção: faturas dos setores da educação e saúde podem representar centenas de euros de 'cupão de desconto'.

"Tratem disto com toda a seriedade", alerta.

Como funcionam as deduções?

Questionado como funcionam as deduções, Pedro Andersson explica que é preciso pagar impostos, contudo, o Estado "tem em consideração as despesas", por isso vai aplicar um desconto. Ou seja, se tiver mais despesas registadas, vai receber um "reembolso maior ou pagar menos imposto".

No 'dia limite' para a validação da faturas, o Portal das Finanças está indisponível. Contudo, a aplicação e-fatura no telemóveis e tablets "ainda estava esta terça-feira de manhã a funcionar".

Por que razão as faturas aparecem pendentes?

Há vários motivos para uma fatura ficar pendente. É uma situação comum para os casos de empresas que têm mais de um registo de atividade (CAE), como acontece, por exemplo, com as grandes superfícies

Ao Portal das Finanças chega informação sobre quem emitiu a fatura, mas não sobre qual foi o bem adquirido. Por isso, é necessário que seja o contribuinte a indicar se em causa está, por exemplo, a compra de comida (que deve ser canalizada para a 'gaveta' das despesas gerais familiares), ou de um livro escolar (que vai para a 'gaveta' das despesas de educação).

O jornalista da SIC especializado em finanças pessoais exemplifica: se for a um posto de combustível e consumir na cafetaria, as finanças "não sabem se a despesa é de combustível ou cafetaria".

"Se não for lá dizer o que é, as finanças deitam para o lixo."

Quais são as próximas fases?

Até dia 15 de março vai aparecer outra página com as despesas, que vão precisar de ser verificadas e que não estão no e-fatura. É o caso de seguros, propinas e rendas da casa.

Terminado este prazo, os contribuintes poderão, de 16 a 31 de março, consultar o apuramento das despesas dedutíveis, podendo também neste prazo reclamar das faturas relacionadas com as despesas gerais familiares.

A entrega da declaração anual arranca no dia 1 de abril e termina a 30 de junho.

Com Lusa.

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