Até à eleição do novo Papa, é o cardeal camerlengo, o americano Kevin Farrell, que fica responsável pela gestão dos assuntos correntes da Igreja. Logo após o funeral, começa o período de nove dias de luto oficial, que este ano decorrerá entre 27 de abril e 5 de maio. Durante este tempo, realizam-se várias missas na Basílica de São Pedro, celebradas pelos cardeais.
Paralelamente, decorrem as Congregações Gerais e Particulares, reuniões em que todos os cardeais - mesmo aqueles com mais de 80 anos, que não têm direito a voto - discutem o estado da Igreja e os possíveis candidatos ao papado.
Respeitando o calendário, o Conclave deverá iniciar-se depois do dia 6 de maio. De acordo com as regras do Vaticano, terá obrigatoriamente de começar entre 15 a 20 dias após a morte do Papa. A data exata será decidida pelos próprios cardeais.
O Conclave acontece, como manda a tradição, na Capela Sistina. Apenas 135 cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto - destes, 108 foram nomeados pelo Papa Francisco. Durante o processo, os cardeais permanecem em completo isolamento, sem qualquer contacto com o exterior.
As votações são secretas e podem ocorrer até quatro vezes por dia: duas de manhã e duas à tarde. Para eleger o novo Papa é necessária uma maioria de dois terços. Se após 33 votações não houver consenso, a 34.ª votação será limitada aos dois candidatos mais votados, bastando então uma maioria simples.
Após cada votação, o resultado é comunicado através do tradicional fumo que sai da chaminé da Capela Sistina: fumo negro se não houver eleição; fumo branco se o novo Papa for escolhido.
Confirmada a eleição, é feita a proclamação do "Habemus Papam" a partir da varanda central da Basílica de São Pedro. Segue-se a primeira bênção apostólica "Urbi et Orbi" e o anúncio do nome pelo qual o novo Papa será conhecido.