O ministro da Defesa, Nuno Melo, recusa falar sobre a decisão do Governo de adiar celebrações do 25 de Abril por causa luto pelo Papa. Foi questionado ao final da manhã desta quinta-feira, depois de assinar o livro de condolências do Papa Francisco.
"Neste momento, a minha presença tem que ver com uma expressão de sentimento que é sincero pela partida do Papa Francisco. Eu não contamino este momento com nenhum outro tema, nomeadamente de dimensão política que terá certamente o seu lugar".
O ministro da Presidência anunciou na quarta-feira, após o Conselho de Ministros que aprovou o decreto do luto nacional de três dias (entre quinta-feira e sábado) pela morte do Papa, que o Governo adiou as celebrações relativas ao 25 de Abril. António Leitão Amaro alegou que o luto implica reserva nas comemorações.
O responsável disse que o Governo adiou os "momentos festivos" relativamente às celebrações da Revolução dos Cravos para uma "data subsequente" e que os membros do Executivo cancelaram todos os eventos da agenda de natureza festiva, como inaugurações e celebrações.
Sobre a sessão solene do 25 de Abril no Parlamento, Leitão Amaro sublinhou que a Assembleia da República "é um órgão autónomo" e que o Governo marcará presença nessa cerimónia.
Já esta quinta-feira, o gabinete do primeiro-ministro anunciou que a tradicional abertura dos jardins de S. Bento no 25 de Abril foi adiada para 1 de maio.
O programa conta com atuações dos Pauliteiros de Miranda, de grupos de cante alentejano e um mini concerto de Tony Carreira.