Orçamento do Estado

OE2025: Governo disponível para "todas as reuniões até ao último minuto"

O primeiro-ministro e o secretário-geral socialista voltam a reunir-se esta quinta-feira, ao final do dia, no âmbito das negociações do Orçamento do Estado para 2025, já depois do debate quinzenal na Assembleia da República.

Paula Castanho

Rui Félix

O Governo assegurou que fará "todas as reuniões até ao último minuto" para que seja possível ter um Orçamento do Estado aprovado e que, por enquanto, apenas está prevista a reunião de quinta-feira com o Partido Socialista (PS).

No final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência foi questionado se a reunião entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, poderá ser a última no âmbito das negociações orçamentais.

"Da parte do Governo, faremos todas as reuniões até ao ultimo minuto para conseguir aquilo que interessa ao país, que é ter um Orçamento aprovado", afirmou António Leitão Amaro.

É já esta quinta-feira que a proposta irrecusável de Luís Montenegro será revelada durante o encontro do primeiro-ministro com o secretário-geral do PS.

"Irrecusável" ou não, esta quinta-feira é o dia que Montenegro irá revelar a proposta que tem para convencer Pedro Nuno santos a viabilizar o Orçamento do Estado.

O primeiro confronto será no debate quinzenal, ao início da tarde, com Luís Montenegro frente a frente com todos mas apenas apresenta a proposta ao PS, embora afirme que a proposta irrecusável é para todos os partidos.

O primeiro-ministro até vai mudando o rumo e distribuindo dinheiro, por todos um caminho que afasta o Chega, embora André Ventura, até já se tenha mostrado disponível para dar a mão ao Governo.

Apesar de tantas recusas às tentativas do Executivo de encontrar um caminho, tudo continua em aberto.

O Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro e tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS-PP somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização do documento.

Na prática, só a abstenção do PS ou o voto a favor do Chega garantem a aprovação do orçamento.

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