Orçamento do Estado

José Gomes Ferreira entrevista Fernando Medina

O ministro das Finanças descarta um desagravamento do IRS até ao final do ano.

ANTONIO PEDRO SANTOS

SIC Notícias

Após a entrega e apresentação do Orçamento do Estado para 2023 na Assembleia da República, Fernando Medina foi esta segunda-feira entrevistado por José Gomes Ferreira sobre a proposta do Governo.

Questionado sobre um possível desagravamento do IRS até ao final deste ano, o ministro das Finanças explicou que o Executivo decidiu atualizar os escações em 5,1%, uma medida que custa aos cofres do Estado 300 milhões de euros.

"Temos no OE um conjunto vastíssimo de medidas", disse, recusando uma nova mexida nos escalões até ao fim do ano.

"Vamos pôr as tabelas de atualização de 5,1% já em janeiro", adiantou.

Relativamente às pensões, Fernando Medina garantiu que irão subir em 2024, atirando para o próximo ano o valor do aumento e se será ou não de acordo com os níveis da inflação.


Na segunda parte da entrevista, o ministro das Finanças sublinhou a importância da redução da dívida pública, o “calcanhar de Aquiles” da economia portuguesa. De acordo com Fernando Medina, Portugal alcançou uma “grande conquista em 2022” ao ter a maior redução de sempre em Portugal, que “poderá ter sido a maior da Europa”.

A dívida pública portuguesa passou de 125% do PIB para 115% e Portugal começou a integrar “o pelotão seguinte”, composto pela Espanha, Bélgica e França, afirmou o ministro, acrescentando que o país precisa de ter mais autonomia em cenários de adversidade.

Últimas