Ausente das últimas sessões de julgamento, José Sócrates ainda não fez chegar ao processo a informação oficial sobre a ida ao Brasil por motivos académicos. O ex-primeiro-ministro disse que precisava de 10 a 15 dias para terminar o depoimento, mas não se sabe quando está de regresso a Portugal.
O tribunal continua a ouvir o segundo arguido no julgamento do processo Operação Marquês, Diogo Gaspar Ferreira, que nega ter tido acesso privilegiado a informação interna da Caixa Geral de Depósitos durante o negócio de Vale do Lobo.
"Há aqui um processo negocial absolutamente normal. Foi um processo negocial duro", afirmou.
Nas escutas ouvidas em tribunal, Diogo Gaspar Ferreira e Rui Horta de Costa, acusados de terem pago um milhão de euros a José Sócrates e outro milhão a Armando Vara, desvalorizam o depoimento de um empresário holandês que levantou suspeitas sobre a transferência dos dois milhões de euros e dão a entender que não houve nada de ilegal.
À juíza, o ex-administrador de Vale do Lobo disse não saber que era alvo de escutas e acusa o Ministério Público de o tentar denegrir levantando dúvidas quanto ao financiamento da Caixa Geral de Depósitos.