José Sócrates voltou esta terça-feira a tribunal, no regresso do julgamento da Operação Marquês. Um mês e meio depois, o antigo primeiro-ministro vai continuar a ser ouvido no campus da justiça, em Lisboa.
À chegada fez uma breve declaração aos jornalistas, onde disse ter "novas informações" sobre o TGV, resultado das "próprias investigações".
“Tenho informações novas para prestar ao tribunal, resultado das minhas próprias averiguações e que são informações que vão mostrar ainda mais como é absolutamente absurda e fantasiosa, para usar a expressão que usou o juiz de instrução, as acusações que me fazem e que foram profundamente injustiças quer para mim, que para a empresa Lena, quer para todos aqueles que estão envolvidos.”
O antigo primeiro-ministro voltou a insistir que “este julgamento só existe devido a uma falcatrua com um lapso de escrita” que se “não tivesse sido fabricado ou inventado, porque nunca aconteceu, não teria mudado o crime, não teria mudado a moldura penal, não tinham manipulado o prazo de prescrição e o julgamento não aconteceria”.
“Nestas últimas três sessões, já me referia a duas das principais três acusações deste processo. É a segunda vez que o faço. Já o fiz na instrução, faço-o agora aqui em julgamento. Nessas duas questões, que se referiam a PT em primeiro lugar e em segundo lugar a empresa Lena, eu apresentei provas documentais e provas testemunhais que mostram que as acusações são falsas e são absurdas”
José Sócrates está acusado de 22 crimes, incluindo três de corrupção passiva. Além de Sócrates, a operação Marquês julga mais 20 arguidos, incluindo Ricardo Salgado.
Na segunda-feira, a defesa do antigo banqueiro avançou com um requerimento que pede a extinção do processo contra o antigo presidente do grupo Espírito Santo.