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Nascimento raro: elefantes gémeas trazem "dupla alegria" a reserva no Quénia

O nascimento de gémeos entre os elefantes corresponde apenas 1% das gestações. No Quénia nasceram duas fêmeas gémeas. Apesar da baixa taxa de sobrevivência, a Save the Elephants está "otimista".

Facebook/Save the Elephants

SIC Notícias

O nascimento de um casal de elefantes gémeos trouxe uma “dupla alegria” à organização Save the Elephants. As crias terão nascido na Reserva Nacional de Samburu, no Quénia, tendo sido vistas pelos investigadores da organização. O momento foi captado em vídeo e partilhado nas redes sociais da organização.

As duas fêmeas terão nascido há poucos dias na reserva natural, sendo filhas de uma elefante chamada Alto, que pertence à família Clouds. Esta é a segunda vez em dois anos que nascem gémeos na Reserva Nacional de Samburu.



“Que probabilidade incrível! Perto de dois anos depois da Bora da [família] Wind ter dado à luz gémeos pela primeira vez em décadas, Alto da [família] Clouds surpreendeu-nos com o seu par de gémeos. As duas crias fêmeas adoráveis , estima-se que tenham um dia de idade, foram vistas pelos nossos investigadores da Reserva Nacional de Samburu esta semana”, pode ler-se na publicação que acompanha o vídeo.

A Save the Elephants está “otimista” em relação aos gémeos de Alto, apesar da baixa percentagem de sobrevivência.

“Os gémeos de elefante raramente sobrevivem em meio selvagem, mas estamos otimistas sobre os gémeos da Alto uma vez que existe muita comida no parque depois das chuvas, por isso a Alto será capaz de produzir bastante leite para alimentar as suas crias esfomeadas, além disso ela tem o fantástico apoio da sua manada.”

O par de gémeos nascidos de Bora, há cerca de dois anos, não teve uma história muito de feliz, com uma das crias a não sobreviver.

“Os gémeos da Borra (macho e fêmea) nasceram durante uma das piores secas, mas apesar das suas excelentes capacidades maternas, a fêmea infelizmente morreu”, explica a organização Save the Elephants.

O nascimento de gémeos entre os elefantes é extremamente raro, correspondendo a apenas 1% de todos os nascimentos. Esta espécie africana tem também o maior período de gestação entre os mamíferos, levando mais de 22 meses até à cria nascer.

Segundo a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa), os elefantes africanos estão entre as espécies considerada em risco de extinção. A caça pelo marfim e a destruição do habitat natural destes animais são as principais ameaças à sobrevivência da espécie.

No Quénia, a população de elefantes tem diminuído drasticamente. Em 50 anos, o número de elefantes no país passou de 170 mil para 16 mil.

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