Um aquário da Flórida fez um acordo com uma organização sem fins lucrativos, “Friends of Lolita”, e vai libertar uma orca mantida em cativeiro por mais de meio século.
O Miami Seaquarium revelou ontem, dia 30 de março, em comunicado, que chegou a um “acordo obrigatório” com a organização de bem-estar animal. O processo demorou anos a ser aprovado, mas Lolita, também conhecida por Toki vai ser devolvida às águas do Pacífico 53 anos depois.
Segundo o Miami Herald, o plano ainda requer a aprovação legal, o que deverá acontecer nos próximos dois anos.
Ao longo dos últimos tempos, as condições do parque foram criticadas por especialistas uma vez que são consideradas “inadequadas para uma orca de 2.268 quilogramas”. A água da piscina onde ficava causava-lhe infeções na pele e esta era frequentemente alimentada com peixes podres, o que levou a que ficasse com problemas intestinais.
O caso só avançou devido à mudança de gerência do parque aquático de Miami, e os novos proprietários, donos da “Dolphin Company", mostraram-se empenhados, desde o início, em garantir o bem-estar dos animais. Ao iniciar funções em março de 2022, Lolita, que era uma das principais atrações do parque, deixou de fazer espetáculos.
"Encontrar um futuro melhor para Lolita é uma das razões que nos motivou a adquirir o Miami Seaquarium", disse o presidente-executivo da Dolphin Co, Eduardo Albor, em comunicado.
O segundo passo foi concretizar uma parceria com a organização sem fins lucrativos para fornecer assistência médica à orca, sempre que necessário. Uma vez que as orcas são animais altamente sociais, a solidão de Lolita está a gerar preocupações. Por esse motivo, a fundação é composta por cientistas e outros especialistas que estão a prepará-la para a sua libertação.
Os novos proprietários recorreram às redes sociais para informar que os esforços dos ativistas em prol dos direitos de Toki, valeram totalmente a pena.
A pressão para libertar Toki ganhou força depois do documentário lançado em 2013, “Blackfish” denunciar o cativeiro de orcas.