O grupo brasileiro Odebrecht, que há seis anos se envolveu em escândalos de corrupção internacionais descobertos pela operação Lava Jato, anunciou esta sexta-feira que decidiu mudar o seu nome comercial e passará a chamar-se Novonor.
"Não estamos apagando o passado. O passado não está apagando. Passado é exatamente o que é, passado", disse o acionista maioritário do grupo, Maurício Odebrecht, em comunicado.
"Depois de tudo o que promovemos em mudanças e correções de rumo, agora estamos olhando para o que queremos ser. Uma empresa inspirada no futuro. Esse é o nosso novo norte", acrescentou a nota.
Novos mecanismos de boas práticas
O comunicado refere-se aos novos mecanismos de boas práticas de negócios adotados após o escândalo da operação anticorrupção Lava Jato, que revelou uma série de negócios ilegais que envolveram a Odebrecht e outras empresas, além de políticos do Brasil e de uma dezena de países.
De acordo com a nota, essas "mudanças de processos internos" e "métodos de ação" são agora "rigorosamente pautados pela ética, integridade e transparência".
A Novonor englobará as seis empresas do grupo, que empregam cerca de 25 mil pessoas e operam nos setores de engenharia e construção, mobilidade urbana e rodoviária, petróleo e gás, setor imobiliário, petroquímico e construção naval.
A Odebrecht surgiu em 1944, fundada pelo engenheiro Norberto Odebrecht como uma empresa familiar e inicialmente focada na área de construção, mas com o tempo expandiu drasticamente seus negócios e se tornou um dos maiores conglomerados do país, com atuação nas Américas, África, Europa e Oriente Médio.