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Milhares protestam contra destituição da Presidente Dilma Rousseff

Milhares de pessoas manifestaram-se no Rio de Janeiro em apoio ao Governo brasileiro no mesmo dia em que a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou a continuidade do processo de destituição ('impeachment') da Presidente Dilma Rousseff.

Segundo informações da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que organizou a manifestação de apoio à chefe de Estado, cerca de 50 mil pessoas reuniram-se no centro do Rio de Janeiro na noite de segunda-feira.

A Polícia Militar da cidade não divulga estimativas sobre a participação de pessoas em atos políticos.

Noutra iniciativa orgnaizada também no Rio de Janeiro, intelectuais e artistas como o cantor Chico Buarque lançaram, ao lado do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um manifesto contra o possível 'impeachment' de Dilma Rousseff.

"Não vai ter golpe!", declarou Chico Buarque, segundo informações divulgadas pelo grupo Jornalistas Livres.

O jornal O Globo informou que Lula da Silva disse antes de entrar neste encontro com os artistas que Dilma Rousseff aprendeu "uma lição" ao propor um ajuste fiscal durante o ano passado e voltou a classificar o processo de destituição da Presidente como um "golpe".

Também em Brasília, no momento da votação da comissão que decidiu pela aceitabilidade do pedido de 'impeachment', cerca de 300 manifestantes contrários à abertura do processo fizeram uma marcha em direção ao Congresso, segundo a Agência Brasil.

Desde a noite de domingo, manifestantes pró e contra o Governo de Dilma Rousseff começaram a montar tendas nas proximidades da Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

As autoridades de segurança prepararam um esquema especial para esta semana, dividindo a Esplanada dos Ministérios ao meio com um muro, sendo que cada um dos lados espera a concentração de centenas de milhar de pessoas no próximo domingo (17), quando deve acontecer outra votação do processo na Câmara dos Deputados.

Também estão montados acampamentos em São Paulo, onde pessoas favoráveis à destituição do Governo permanecem na Avenida Paulista desde o início do mês de março.

No último domingo outro grupo, que é contra a impugnação do mandato da chefe de Estado, começou uma ocupação no Largo da Batata, na zona de Pinheiros, São Paulo.

Lusa

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