O Presidente da República sugeriu esta quinta-feira que a ponte ciclopedonal sobre o rio Trancão tenha o nome de Papa Francisco, assim como o futuro parque que está planeado para aquela área entre Lisboa e Loures.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas durante a inauguração do novo percurso ribeirinho de Loures, com seis quilómetros, junto ao rio Tejo, ligando este município aos de Lisboa e de Vila Franca de Xira.
O Chefe de Estado foi desafiado a deixar uma sugestão para o nome da ponte ciclopedonal sobre o rio Trancão, à qual o executivo municipal de Lisboa presidido por Carlos Moedas queria dar o nome de Ponte Pedonal Cardeal Dom Manuel Clemente, o que o próprio ex-cardeal-patriarca lisboeta acabou por recusar.
Na resposta, Marcelo começou por dizer que lhe parece "ótimo o nome de Papa Francisco" para o futuro parque que vai surgir naquela área.
"Para o parque, e se for para tudo também. Pois, quer dizer, a ponte tem a ver com o parque, e integra-se no parque. Pode ser uma boa saída, essa", considerou.
Segundo o Presidente da República, dar esse nome ao parque e à ponte, depois da Jornada Mundial de Juventude ali realizada no início de agosto, "acaba por ser a homenagem ao que houve de mais importante" nesse encontro católico.
No seu entender, "ninguém esquece o papel fundamental que teve a Igreja [Católica]", mas "o que fez a diferença foi o Papa: veio cá a uma Jornada Mundial da Juventude".
"Foi este Papa Francisco que fez a diferença e faz a diferença. Acho eu, mas, enfim, a história dirá", acrescentou.
O Presidente da República confidenciou que "poucos dias depois" de ter estado em Portugal para a Jornada Mundial de Juventude o Papa Francisco lhe enviou uma carta, "muito afetuosa e muito pessoal, a agradecer tudo o que aconteceu".
"Pediu-me para eu rezar por ele, mas foi dizendo que reza por mim", adiantou Marcelo Rebelo de Sousa, que é católico praticante, referindo que isso lhe deu "uma segurança acrescida, porque bem preciso é".