Jornada Mundial da Juventude

JMJ: a um mês do evento, obras no Parque Tejo estão a correr a "bom ritmo"

Em contagem decrescente, a um mês da JMJ, os 100 hectares do Parque Tejo-Trancão, entre Lisboa e Loures, ganham a forma final, faltando terminar o altar palco e a instalação das casas de banho.

SIC Notícias

Lusa

Em contagem decrescente, a um mês da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), os 100 hectares do Parque Tejo-Trancão, entre Lisboa e Loures, ganham a forma final, faltando apenas terminar o altar palco e a instalação das casas de banho.

Tanto do lado do concelho de Lisboa, como de Loures, estão já concluídos os trabalhos de terraplanagem, que permitirão em agosto a circulação de peregrinos vindos de todo o mundo e a criação dos locais onde serão instaladas infraestruturas sanitárias, de água, eletricidade e Internet.

Do lado de Lisboa, onde todos os talhões (cada um equivalente a um campo de futebol) já se assemelham a um prado verde, fruto de uma rega regular, decorrem a bom ritmo os trabalhos de construção do altar palco e a colocação das infraestruturas sanitárias e multimédia.

A ponte ciclável, da responsabilidade da EMEL - Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, que une as duas margens do Rio Trancão e os concelhos de Lisboa e Loures, já está concluída, assim com a instalação dos pontos de água.

Por "questões de segurança", foi também colocada uma barreira para impedir o acesso direto ao Rio Tejo.

Relativamente ao altar palco, cujo projeto teve de ser revisto e redimensionado, depois de críticas ao investimento previsto, a Câmara Municipal de Lisboa espera que esteja concluído até meio de julho.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), destacou o facto de a obra estar a decorrer a "muito bom ritmo" e a "cumprir todos os prazos".

"A preparação do encontro está a correr muito bem. Tudo aquilo que dependia de nós está realmente a muito bom ritmo. Em alguns casos até antecipámos o calendário", afirmou o autarca.

Questionado pela Lusa sobre o facto de não existirem pontos de sombra no recinto, o vice-presidente da Câmara de Lisboa explicou que tal seria incompatível com a boa visibilidade do palco pelos peregrinos.

"A Jornada Mundial da Juventude sempre se fez em agosto. Ela tem uma dimensão de milhões de pessoas , se tem sombras, não tem visibilidade", argumentou.

Em alternativa, o autarca sugeriu que os participantes se hidratem e usem chapéus ou, "em alguns casos", guarda-sóis, caso isso não comprometa a segurança.

Relativamente ao lixo, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa estimou que durante o evento exista na cidade "um incremento de cerca de 30 a 50% na produção de resíduos", assegurando que a autarquia "tudo fará para dar resposta" a esse aumento.

"É uma área resíduos que reconhecemos que é possível fazer melhor e que queremos fazer melhor na cidade. Na Jornada Mundial da Juventude estaremos no pleno dessas competências e dessas capacidades. Estamos a mobilizar equipas. Teremos aqui cerca de 300 trabalhadores a mais, que serão contratados fora da Câmara. Ou seja, estamos a fazer tudo o que podemos", sublinhou.

Na margem norte do Trancão, do lado de Loures, os trabalhos nos 75 hectares do recinto arrancaram no início do mês e, segundo disse à Lusa a vice-presidente da Câmara Municipal, Sónia Paixão (PS), também estão "praticamente prontos", faltando finalizar a colocação das 40 torres de iluminação e das 4.200 casas de banho previstas para o espaço.

"Já estamos na reta final dos preparativos para o acolhimento deste grande evento, a cumprir os prazos que estavam predefinidos. Temos os polígonos já todos concluídos, todos designados. A sementeira a crescer a olhos vistos. Os pontos de água estão colocados e, neste momento, já estão a ser instaladas aquelas que são as áreas de responsabilidade do grupo de projeto. Muito em breve, estaremos efetivamente a 100% dos trabalhos concluídos", perspetivou.

No caso das torres de iluminação, Sónia Paixão explicou que só deverão ser ligadas "muito próximo à data do evento, por questões de segurança e de deterioração".

A autarca assegurou ainda que está a existir um "trabalho de articulação" com todas as juntas de freguesia e entidades concelhias, para preparar a iniciativa e minimizar constrangimentos.

"Houve um trabalho de proximidade de todas as paróquias com as autarquias. Vamos acolher em Loures cerca de 19 mil peregrinos. Estima-se que os peregrinos possam estar instalados no nosso território entre 30 de julho até ao dia 07, 08 de agosto. Portanto, toda a semana da jornada e mais um dia antes e uns dois dias depois", anteviu.

Sónia Paixão referiu também a importância da divulgação do plano de mobilidade que, segundo adiantou a autarca, deverá ser apresentado em 15 de julho.

"Esperamos que venha acompanhado de uma boa campanha de informação e de comunicação para que todos possamos dar, efetivamente, a informação útil aos nossos munícipes", salientou.

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