Os militares da GNR estão impedidos de gozar férias entre os dias 26 de julho e 9 de agosto, devido à Jornada Mundial da Juventude. A Associação dos Profissionais da Guarda lamenta que apenas 6% do efetivo possa tirar férias naquele período. Para além dos militares da GNR, os elementos da PSP também foram informados da igual suspensão de férias. Apesar do evento ser em Lisboa, mobiliza as das duas forças de segurança a nível nacional.
Quando ocorre um grande evento nacional, apenas 20% do efetivo da GNR pode gozar férias, mas a vinda do Papa Francisco a Lisboa fez com que esta percentagem caísse para os 6%. Apenas um em cada 20 militares pode tirar férias entre os dias 26 de julho e 9 de agosto.
A Associação dos Profissionais da Guarda considera um “desrespeito pelos profissionais, impedidos de gerir a sua vida pessoal e familiar”. César Nogueira questiona a necessidade de mobilização, a nível nacional, de quase todo o efetivo para o evento católico.
O presidente da Associação, César Nogueira, indica que muitos militares da GNR já marcaram as suas férias para esse período, tendo inclusive comprado bilhetes.
O grande evento vai ser em Lisboa, não se percebe como é que o comando vem agora atribuir esta percentagem a todo o país".
“Estamos contra esta sequências de cortes de direitos”, sublinha o presidente da APG, que reforça que a medida “empurra” os profissionais para as baixas fraudulentas.
Também a PSP já deu instruções aos polícias que as férias vão ficar suspensas entre 24 de julho e 7 de agosto devido à Jornada Mundial da Juventude.
A Jornada Mundial da Juventude vai realizar-se em Lisboa, entre 1 de agosto e 6 de agosto, um evento que vai juntar mais de 1,5 milhões de fiéis, apesar de ainda não estar confirmada a ida do Papa a Fátima.