Inteligência Artificial

Quase 30% dos empregos em Portugal em risco de desaparecer devido à inteligência artificial e automação

Grandes empresas como a Sonae e a Corticeira Amorim já estão a implementar robôs em algumas funções. O estudo analisou 120 profissões no setor privado, identificando riscos em mais de 3 milhões de empregos, principalmente em profissões menos qualificadas e com salários mais baixos.

João Tomás

Carlos Rosa

Filipe Ferreira

Marisabel Neto

Quase 30% dos empregos em Portugal estão em risco de desaparecer devido à inteligência artificial e à automação. Vamos conhecer duas das maiores empresas em que os robôs já estão a substituir ou a complementar o trabalho dos funcionários.

Um trabalho que ainda é feito pelos trabalhadores, mas que em breve será realizado por este robô, que utiliza a inteligência artificial para identificar os produtos. Um robô consegue realizar até 160 movimentos por hora e trabalha 365 dias por ano. Ainda está em fase piloto, e os testes arrancam em maio.

O estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos revela que 29% dos empregos estão em risco de desaparecer. Foram estudadas 120 profissões no setor privado, identificando riscos associados à automação em mais de três milhões de empregos. As profissões menos qualificadas e com salários mais baixos serão as mais afetadas pela mudança tecnológica.

Quais os setores mais afetados?

No grupo Sonae, a tecnologia, por enquanto, vai complementar o trabalho do ser humano. Dono da maior cadeia de supermercados do país, já está a seguir as recomendações do estudo. A principal sugere a requalificação dos trabalhadores.

O setor mais afetado será o das vendas, e já se tornou um hábito irmos a um supermercado e pagarmos a uma máquina.

Na Corticeira Amorim, o cenário já é diferente. Na fábrica em Santa Maria da Feira, os trabalhadores continuam a fazer rolhas de cortiça à moda antiga. Hoje, são 10, há nove anos, eram 60 os que estavam nesta linha. Ali ao lado, já são os robôs a fazê-lo.

São estes mesmos trabalhadores que ensinam os algoritmos a fazer rolhas de cortiça, na empresa responsável por metade da quota mundial. Também no Grupo Sonae, são os trabalhadores que dão nome aos robôs e que os ensinam a trabalhar.

O estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos conclui que é importante rever os currículos escolares e académicos para preparar os estudantes para o futuro do mercado de trabalho.

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