Incêndios em Portugal

Depois do fogo: incêndios foram rude golpe para produção de castanha

Há zonas, no distrito de Viseu, onde a castanha é marca do território e o sustento de muitas famílias. Mas os incêndios deste ano trouxeram uma onda de destruição da espécie.

Frederico Correia

Frederico Pinto

Depois dos incêndios, continuam a ser contabilizados os prejuízos. Penedono, no distrito de Viseu, perdeu cerca de 90% da área de castanheiro no concelho. 

O prejuízo é de vários milhões de euros numa fileira que é o sustento de muitas famílias, mas também a identidade do território.  

O incêndio, que já levava dias a consumir Celorico da Beira, Trancoso e da, juntou-se a outro que começou no Sátão e se estendeu a outros três concelhos. Chegou a Penedono já era noite e quem o viu não gosta de recordar. 

Passou mais de uma semana e até já se vê verde na terra. São os agricultores, essa raça de poucos homens que ainda se agarram ao Interior do país, que vão regando os soutos, para tentar salvar as árvores mais velhas. Só talvez na primavera do próximo ano se saiba com rigor o que se perdeu aqui. 

Um dos concelhos que eleva o nome da produção de castanha com denominação de origem protegida, Soutos da Lapa, pode ter tido em 2025 um rude golpe na história da produção da variedade martaínha.

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