Numa semana em que o país vê subir as temperaturas e a soar os primeiros alertas para o risco de incêndios florestais, no dispositivo de combate repetem-se as notícias. Há dois helicópteros dados como indisponíveis para combate a incêndios em duas das zonas mais críticas do Norte e Centro do país.
Podia dizer-se que são apenas dois dos 38 helicópteros que deviam estar disponíveis para o combate a incêndios, não fossem, de todos, dois dos apenas três helicópteros que pertencem ao Estado português e não estarem os dois indisponíveis para o combate em duas das mais delicadas zonas operacionais da Proteção Civil.
Um com base em Arcos de Valdevez e outro em Santa Comba Dão, duas das regiões de maior risco de incêndio florestal. A Norte com o Parque Nacional da Penela Gerês e no Centro com o Caramulo e toda a mancha florestal a sul do distrito de Viseu.
Trsnporte de operacionais comprometido
Ambos estão entregues a uma empresa privada que opera e faz a manutenção. No caso do helicóptero de Santa Comba Dão está inoperacional há vários meses, numa região com várias freguesias consideradas prioritárias, onde o risco máximo de incêndio obriga os operacionais a ativar para uma primeira intervenção dois meios aéreos. Ora neste caso, o sul do distrito de Viseu terá de recorrer a meio de fora da região para cumprir o protocolo.
Esta falta de helicóptero está igualmente a comprometer a resposta no que toca ao transporte de operacionais para a frente de fogo. É que cada um dos meios faz o transporte de uma equipa da unidade de emergência proteção e socorro da GNR, que apoiam em terra o combate feito a partir do ar.
Nesta fase, o país tem contratadas 69 aeronaves para combate à incêndios, sendo que os dois helicópteros do Estado ainda estão em manutenção através de uma empresa privada.