A ida da Procuradora-Geral da República a São Bento ficou agendada na semana passada. O comandante-geral da GNR e o Diretor Nacional da PSP também foram convocados. Juntaram-se às ministras da Justiça e da Administração Interna com o objetivo de traçarem caminhos para descobrir os alegados interesses que o Primeiro-Ministro quer perseguir. Para já ficou definido que os processos já abertos vão ser passados a pente fino para se saber se Montenegro tem ou não razão.
"Será feito um levantamento exaustivo de todos os inquéritos que estão hoje já a decorrer no âmbito das investigações em curso relativamente ao crime de atear fogos florestais para, ter a certeza, que nenhum interesse particular pode estar a preponderar nas ignições que não são causadas por eventos naturais", referiu Luís Montenegro.
Na semana passada, o primeiro-ministro já tinha posto a tónica nestes alegados interesses particulares. Continua sem dizer quais são as suspeitas que tem, mas garante que sempre pensou desta forma.
O primeiro-ministro diz que está consciente de que o objetivo de minimizar os efeitos dos incêndios só pode ser alcançado trilhando vários caminhos. Para já mexer nas penas não está nos planos do Governo.
Esta foi a primeira reunião deste grupo de trabalho que junta membros do Governo a autoridades policiais e da área da Justiça. Não foi divulgada a data para a conclusão do trabalho que começa agora.