Incêndios em Portugal

Dezenas de carros arderam numa oficina em Gondomar

"O meu telefone não para de tocar", conta Rúben Rodrigues, dono da oficina que ficou completamente destruída depois dos incêndios. Diz que "não há seguro" para compensar os proprietários dos carros que arderam e que não tem dinheiro para arcar com os custos.

Cristina Freitas

Um incêndio, que começou na manhã de terça-feira, destruiu uma oficina de carros na Travessa do Tronco, em Foz do Sousa, em Gondomar, um dos locais mais atingidos pelas chamas.

40 viaturas foram completamente destruídas. O dono da oficina, Rúben Rodrigues, ainda conseguiu salvar 12. Diz que “foi tudo muito rápido” e que não haviam bombeiros no local.

“Peguei logo na mangueira, fui chamá-los [os funcionários] lá dentro, peguei extintores, afastei os carros o máximo possível (...) Foi tentar safar tudo, mas foi impossível”, conta Rúben.

O dono da oficina, que tem quatro funcionários, foi dos últimos a deixar o local. “Isto é a minha vida. Está aqui todo o meu investimento, o meu trabalho”.

Passado o incêndio, surge um grande problema: quem vai pagar os carros que arderam?

“O meu telefone não para de tocar. Uns compreendem, mas é normal que queiram os seus bens, e outros não", afirma Sérgio, lamentando que "não há seguro" para compensar os proprietários que não tem dinheiro para arcar com os custos.

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