Ao quarto dia, as chamas começam a dar tréguas em Portugal. No entanto, a área ardida desde domingo já ultrapassa os 106 mil hectares e há sete vítimas mortais e dezenas de feridos. A tragédia está feita, mas o pós-incêndios pode ser uma oportunidade para fazer melhor.
“As tragédias têm 'um quê’ de oportunidade, na recuperação da própria paisagem pós-fogo. Essa recuperação, se for bem feita, pode começar a criar uma floresta e uma paisagem diferente, corrigindo os erros do passado”, explica Francisco Catro Rego, especialista em Floresta e Fogos.
O professor Francisco Catro, que pertenceu à Comissão Técnica Independente e presidiu ao Observatório Técnico Independente criados após os incêndios de 2017, admite “alguma frustração” com o cenário que se vive no país.
“Infelizmente, muitas das recomendações que fizemos não foram seguidas.”
Portugal mantém-se em situação de alerta, apesar dos incêndios começarem a dar tréguas esta quinta-feira.